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O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

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Santos
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O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Santos »

É uma matéria um pouco antiga, mas vale a pena ler:

Blackwater: exércitos privados mimetizam Forças Armadas dos EUA
Publicado em Junho 23, 2008 por José Correa Leite

Empresas mercenárias, como a Blackwater, “são capazes de derrubar um pequeno governo”, afirma autor americano. Jeremy Scahill diz que governos não precisam mais de aliados – basta alugar soldados; empresas agem em impunidade quase total.

Veja a seguir entrevista com Jeremy Scahill, autor do livro Blackwater – A Ascensão do Exército Mercenário Mais Poderoso do Mundo.

Fonte: Folha de S.Paulo, 22/6/2008
Entrevista por Andrea Murta


A empresa americana Blackwater começou a aparecer para o público em 2004, quando quatro de seus “agentes privados de segurança” – nome eufemístico dado a mercenários modernos – foram mortos, mutilados e queimados por uma multidão furiosa na cidade iraquiana de Fallujah. Em 2007, novas manchetes dedicadas à Blackwater deram pistas do motivo do ódio de iraquianos a agentes privados: mercenários da empresa mataram 17 civis em Bagdá, em ação, segundo investigação do FBI, absolutamente injustificada.
E os mercenários não estão no Iraque por acaso: são contratados pelos EUA para, principalmente, fazer a segurança de diplomatas e instalações – com ação facilitada pela quase completa impunidade. Para Jeremy Scahill, autor de “Blackwater – A Ascensão do Exército Mercenário Mais Poderoso do Mundo” (Companhia das Letras, 2008, R$ 52), os negócios andam tão bem para empresas mercenárias que elas já “são capazes de derrubar um pequeno governo”. E atuam, inclusive, na América Latina. Leia a seguir a entrevista que ele concedeu à Folha.

FOLHA – Como a Blackwater reflete a história da guerra moderna?
JEREMY SCAHILL – Ela representa a nova face das guerras travadas pelos EUA. Desde a Segunda Guerra, o governo americano vem privatizando radicalmente suas capacidades militares. No Iraque, há mais agentes privados do que soldados americanos. A Blackwater formou um aparato paralelo das forças de segurança: tem Força Aérea, Marinha, aeroportos. E 90% dos contratos da Blackwater são com o governo americano.
Agora estão trabalhando em sua própria agência de inteligência, uma CIA particular. Veja, atualmente os EUA têm 16 agências governamentais de inteligência, com um orçamento conjunto de entre US$ 40 bilhões e US$ 60 bilhões -o número exato é secreto. 70% desse orçamento é usado para pagar serviços de empresas privadas. Quem garante que uma empresa privada que tem milhões em contratos com o governo americano não vai incluir em relatórios para outros governos informações que são de interesse da Casa Branca?

FOLHA – Qual a relação dos mercenários com a guerra ao terror?
SCAHILL – São parte essencial da guerra ao terror. Um presidente como George W. Bush pode ganhar muito com essas empresas. Ele não precisa mais formar uma coalizão com governos estrangeiros nem lidar com uma opinião pública internacional hostil. Pode pagar por uma coalizão de corporações, que vão contratar mercenários, inclusive em países cujos governos se opõem às guerras.
Isso aconteceu no Chile, que votou contra a invasão do Iraque quando era membro rotativo do Conselho de Segurança da ONU. O governo Bush, através da Blackwater, enviou para o Iraque centenas de chilenos.
Outra questão é que, como não há contagem oficial das mortes dos agentes privados, isso encobre o custo humano. Os americanos pensam que há 150 mil soldados no Iraque, mas há outros 180 mil mercenários contratados pelo governo. Então na verdade são mais de 330 mil soldados.
E não há leis sendo aplicadas sobre a punição de agentes privados em caso de abuso. Isso é uma ameaça à segurança das pessoas do mundo todo, porque não param de crescer esses exércitos privados com capacidade suficiente para derrubar um pequeno governo.

FOLHA – Como os mercenários atuam na América Latina?
SCAHILL – Neste exato momento, a Blackwater está participando de uma gigantesca concorrência para trabalhar para o governo americano em sua “luta contra as drogas”. Esse programa, na América Latina, visa a agir na Colômbia e na Bolívia. Nesses países já há outra empresa do tipo, a DynCorp, que faz serviços para os EUA no que deveria ser ação antidrogas, mas que não passa de contra-insurgência. Os EUA repassam a Bogotá milhões de dólares ao ano dentro do Plano Colômbia, e estima-se que o governo colombiano gaste quase a metade com empresas mercenárias.
Elas treinam forças locais, pilotam helicópteros e já participaram de confrontos internos. No Brasil, a Embraer recentemente vendeu uma aeronave de combate Super Tucano para a Blackwater, em um acordo autorizado pelo governo Lula, em negociações com os EUA. Acho que isso levanta questões sérias sobre por que o Brasil acredita ser adequado vender aviões a uma empresa com uma reputação de abusos e violência no mundo inteiro. Até porque a América Latina é a próxima fronteira para essas empresas.

FOLHA – O sr. crê que a Blackwater dá proteção adequada a seus empregados?

SCAHILL – Essa é uma das ironias da Blackwater. Na maior parte dos casos, eles têm equipamentos melhores e pessoal mais qualificado do que um soldado comum americano, mas às vezes enviam equipes muito mal preparadas para situações muito perigosas. E é comum que contratados de países pobres sejam destacados para a linha de frente. E recebem menos: colombianos recrutados pela Blackwater foram enviados ao Iraque com um salário de US$ 34 por dia, enquanto um agente americano chega a receber US$ 650 diários. Parece que a vida de um colombiano vale menos, para a Blackwater, do que a de um americano.
FOLHA – A Blackwater também defende interesses econômicos e internos da Casa Branca?
SCAHILL – Sim. Atua na vigilância de investimentos americanos no exterior, por exemplo, nos planos de oleoduto na região do mar Cáspio. E tem forte atuação dentro dos EUA. Foram contratados para patrulhar Nova Orleans depois do furacão Katrina (2005). Acabaram de abrir um enorme centro de treinamento em San Diego (Califórnia), a poucos quilômetros da fronteira com o México, para treinar as patrulhas de fronteira. E discute-se a privatização da polícia de fronteira dos EUA.

FOLHA – Como os mercenários afetam a política mundial?
SCAHILL – As conseqüências são muito sérias. Os governos estão abrindo mão do monopólio da força e da “violência organizada”, que é uma das coisas que definem o Estado. Agora há empresas privadas que têm a força e o poder de fogo para potencialmente substituir a necessidade de alianças como a Otan. A parte mais deprimente é que a penetração dos mercenários já foi longe demais, não sei como pode acabar.
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Engenheiro »

CARACA!!! ótimo achado santos :legal:
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Legionnaire_RJ »

Infelizmente o us de PMC's está cada vez comum, não apenas no Iraque, a Etiópia contratou pilotos mercenários para pilotar os seus SU-27 e MIG-29 na guerra contra a Eritréia, e na guerra civil no Congo, uma PMC Sul Africana impediu a tomada do governo pelos rebeldes. Pelo visto será cada vez mais comum países sucatearem as suas FA's e contratarem "Agências privadas".

Ótima matéria Santos
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Legionnaire_RJ »

A Black Water agora se chama XE...

Segue o site da empresa http://www.xecompany.com/
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Zaca
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Zaca »

No Brasil, a Embraer recentemente vendeu uma aeronave de combate Super Tucano para a Blackwater, em um acordo autorizado pelo governo Lula, em negociações com os EUA. Acho que isso levanta questões sérias sobre por que o Brasil acredita ser adequado vender aviões a uma empresa com uma reputação de abusos e violência no mundo inteiro. Até porque a América Latina é a próxima fronteira para essas empresas.
A alegaçao dos USA pra aquisiçao dos super tucanos e que eles estão estudando a posibilidades de utilizar a aeronave em operaçoes das forças especiais, pois o super tucano pode aterrissar em pequenas pistas e ser reabastecido rapidamente!

Pra mim isso e balela, tenho minhas teorias e que nao sao muito animadoras rs, e para mim eles estao estudando nossas forças armadas, para um futuro ataque!

abracos
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Legionnaire_RJ »

Zaca escreveu:
No Brasil, a Embraer recentemente vendeu uma aeronave de combate Super Tucano para a Blackwater, em um acordo autorizado pelo governo Lula, em negociações com os EUA. Acho que isso levanta questões sérias sobre por que o Brasil acredita ser adequado vender aviões a uma empresa com uma reputação de abusos e violência no mundo inteiro. Até porque a América Latina é a próxima fronteira para essas empresas.
A alegaçao dos USA pra aquisiçao dos super tucanos e que eles estão estudando a posibilidades de utilizar a aeronave em operaçoes das forças especiais, pois o super tucano pode aterrissar em pequenas pistas e ser reabastecido rapidamente!

Pra mim isso e balela, tenho minhas teorias e que nao sao muito animadoras rs, e para mim eles estao estudando nossas forças armadas, para um futuro ataque!

abracos
Cara os Americanos abriram a licitação para compra de 100 aviões de apoio leve, um dos concorrentes é o AT-29 Super Tucano. Eles não precisam estudar muito não, por dois motivos... 1 O Super Tucano foi desenvolvido e é fabricado aqui, mas com peças estrangeiras, quase que em sua totalidade americanas... 2 Se uma frota guarnecida de um navio aerodromo da classe Nimitz parar na costa do RJ o País para, pois as mais importantes bases de defesa naval, aerea e terrestre se encontram aqui no RJ, e não temos poder de fogo para impedir um ataque americano por minimo que seja.

A XE vulgo "BlackWater" está metida sim com uma série de irregularidades, mas nãoacredito em uma operação vital deles na AL a curto prazo.

Mas é muito maneiro ver um Humvee cheio de agentes usando TRU-SPEC Multicam em operação no Iraque
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Zaca
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Zaca »

Legionnaire_RJ escreveu:
Zaca escreveu:
No Brasil, a Embraer recentemente vendeu uma aeronave de combate Super Tucano para a Blackwater, em um acordo autorizado pelo governo Lula, em negociações com os EUA. Acho que isso levanta questões sérias sobre por que o Brasil acredita ser adequado vender aviões a uma empresa com uma reputação de abusos e violência no mundo inteiro. Até porque a América Latina é a próxima fronteira para essas empresas.
A alegaçao dos USA pra aquisiçao dos super tucanos e que eles estão estudando a posibilidades de utilizar a aeronave em operaçoes das forças especiais, pois o super tucano pode aterrissar em pequenas pistas e ser reabastecido rapidamente!

Pra mim isso e balela, tenho minhas teorias e que nao sao muito animadoras rs, e para mim eles estao estudando nossas forças armadas, para um futuro ataque!

abracos
Cara os Americanos abriram a licitação para compra de 100 aviões de apoio leve, um dos concorrentes é o AT-29 Super Tucano. Eles não precisam estudar muito não, por dois motivos... 1 O Super Tucano foi desenvolvido e é fabricado aqui, mas com peças estrangeiras, quase que em sua totalidade americanas... 2 Se uma frota guarnecida de um navio aerodromo da classe Nimitz parar na costa do RJ o País para, pois as mais importantes bases de defesa naval, aerea e terrestre se encontram aqui no RJ, e não temos poder de fogo para impedir um ataque americano por minimo que seja.

A XE vulgo "BlackWater" está metida sim com uma série de irregularidades, mas nãoacredito em uma operação vital deles na AL a curto prazo.

Mas é muito maneiro ver um Humvee cheio de agentes usando TRU-SPEC Multicam em operação no Iraque
Hoje em dia a guerra e feita de noticias, e noticiários destroem governos e sobem outros. A utilizaçao desses mercenarios e a prova mais calara que eles preferem fazer uma guerra por baixo dos panos à ter que explicar a mortes de centenas de jovens americanos. Estudar nossos armamentos e equipamentos so mostra a eles os pontos fracos para num golpe certeiro fazer uma taque rapido e sem muitas baixas.

Quero ver vc achar bonito esse Humvee daqui a uns anos passeando no Brasil, rs....
Pensem nisso, o futuro do planeta esta na amazonia rs....
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Arrigow »

Legionnaire_RJ escreveu:A Black Water agora se chama XE...

Segue o site da empresa http://www.xecompany.com/
http://www.ustraining.com/new/index.asp
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por nemezes »

O que penso de "Profit Army´s" do tipo BW.... um absurdo..é o fim do mundo e o modo de vida que conhecemos! Todos os valores se perdem, e a única coisa que resta no final é destruição e dinheiro, vide Iraque. Mecenários e exércitos existem a muito tempo... bem antes de existir os políticos modernos... Profit Army´s ...é mais uma "involução" do ser humano e sua ecônomia. Minha visão pessoal do Black Water é esta...não peço consenso... nesta eu passo..só peço que respeitem minha opnião... nem quero discutir este assunto, muito polêmico e profundo.

Agradeço a Deus todos os dias de sermos um país pacífico a quase 300 anos, apesar de todos os problemas que temos, somos um exemplo para humanidade se comparado a maioria dos países do mundo...somos um país com extenções continentais... falando a mesma lingua de ponta-a-ponta, com apenas UM governo.. isto é RARO ....e mais raro ainda, é um país deste tamanho...nunca ter entrado (nestes 300 anos) em uma guerra de verdade !
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Legionnaire_RJ
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Legionnaire_RJ »

nemezes escreveu:O que penso de "Profit Army´s" do tipo BW.... um absurdo..é o fim do mundo e o modo de vida que conhecemos! Todos os valores se perdem, e a única coisa que resta no final é destruição e dinheiro, vide Iraque. Mecenários e exércitos existem a muito tempo... bem antes de existir os políticos modernos... Profit Army´s ...é mais uma "involução" do ser humano e sua ecônomia. Minha visão pessoal do Black Water é esta...não peço consenso... nesta eu passo..só peço que respeitem minha opnião... nem quero discutir este assunto, muito polêmico e profundo.

Agradeço a Deus todos os dias de sermos um país pacífico a quase 300 anos, apesar de todos os problemas que temos, somos um exemplo para humanidade se comparado a maioria dos países do mundo...somos um país com extenções continentais... falando a mesma lingua de ponta-a-ponta, com apenas UM governo.. isto é RARO ....e mais raro ainda, é um país deste tamanho...nunca ter entrado (nestes 300 anos) em uma guerra de verdade !

Mercenários existem desde que a humanidade resolveu se estabelecer como espécie dominante, e se hj em dia ainda temos o Rio Grande do Sul, Mato Grosso e mais alguns estados, devemos ao mercenários Alemães que lutaram por nós, um país militarmente fraco e ineficiente. Grillo Temos muita sorte de não ter entrado em guerra séria, pois o Brasil nunca teve auto-suficiencia militar para manter a soberania nacional. Temos umas das FA's mais defasadas da AL. Vide a crise da lagosta, que com 2 contra-torpedeiros a França fez os nossos governantes tremerem nas bases.
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Legionnaire_RJ »

O Mito do Mercenário

Apesar de haver uma clara definição aceita internacionalmente como a mais correta sobre quem e um mercenário, jornalistas, lendas de internet e o publico em geral continuam a propagar o errôneo mito do mercenário.

O propósito do artigo e esclarecer aos leitores do blog a definição de tal termo e dar-lhes exemplos que são geralmente confundidos ou propositalmente difamados, foge do auspicio do autor defender qualquer um dos exemplos. De acordo com o Protocolo Adicional das Convenções de Genebra de 12 de Agosto de 1949 e com relação à proteção de vitimas de conflitos armados internacionais. (Protocolo I) 8 de Junho de 1977 a definição é: (o texto será exposto em inglês para que não se perca nada na tradução e português sendo resumido pelo artigo).

Art 47. Mercenaries

1. A mercenary shall not have the right to be a combatant or a prisoner of war.

2. A mercenary is any person who:

a) is especially recruited locally or abroad in order to fight in an armed conflict;

b) does, in fact, take a direct part in the hostilities;

c) is motivated to take part in the hostilities essentially by the desire for private gain and, in fact, is promised, by or on behalf of a Party to the conflict, material compensation substantially in excess of that promised or paid to combatants of similar ranks and functions in the armed forces of that Party;

d) is neither a national of a Party to the conflict nor a resident of territory controlled by a Party to the conflict;

e) is not a member of the armed forces of a Party to the conflict; and

f) has not been sent by a State which is not a Party to the conflict on official duty as a member of its armed forces.

Artigo 47:

1. Um mercenário não tem direito ao estatuto de combatente ou de prisioneiro de guerra.

2. O termo «mercenário» designa todo aquele que:

a) Seja especialmente recrutado no país ou no estrangeiro para combater num conflito armado;

b) De fato participe diretamente nas hostilidades;

c) Tome parte nas hostilidades essencialmente com o objetivo de obter uma vantagem pessoal e a quem foi efetivamente prometido, por uma Parte no conflito ou em seu nome, uma remuneração material claramente superior à que foi prometida ou paga aos combatentes com um posto e função análogos nas forças armadas dessa Parte;

d) Não é nacional de uma Parte no conflito, nem residente do território controlado por uma Parte no conflito;

e) Não é membro das forças armadas de uma Parte no conflito; e

f) Não foi enviado por um Estado que não é Parte no conflito, em missão oficial, na qualidade de membro das forças armadas desse Estado.

De acordo com o artigo 47 da Convenção de Genebra todos os critérios (a)-(f) devem ser preenchidos para que o combatente seja descrito como um mercenário.

Sendo assim, gostaria de aplicar tais termos a três exemplos citados como os mais comuns de mercenários para que o publico em geral possa entender a definição do protocolo sem necessitar ter conhecimento de linguagem legal.

Exemplo 1: A Legião Estrangeira Francesa

Legionários e Gurkhas são homens que servem em unidades organizadas dos exércitos franceses e ingleses que deslocam e lutam como tal, isso quer dizer que como membros das forcas armadas de tais paises eles não são mercenários de acordo com o Artigo 47, parágrafos (c), (e) e (f), já que não foram prometidos compensação financeira maior do que membros de outras unidades militares de seus paises que exercem função semelhante (c) e são membros das forcas armadas de um dos partidos do conflito (e).

Exemplo 2: Consultores de segurança no Iraque e Afeganistão.

Consultores de segurança no Iraque e Afeganistão exercem três funções básicas baseadas nos níveis profissionais de cada um, das mais simples ate as mais complexas elas são:

A) Segurança interna de bases da coalizão, inspecionam crachás e identificação para áreas mais seletas de tais bases, geralmente feita por não cidadãos americanos. O autor presenciou ex-membros das Forcas Especiais de Uganda realizando tal função em Campo Fallujah - Iraque. Não são mercenários de acordo com o parágrafo (b) pois não são uma forca ofensiva e não participam diretamente do conflito, não realizam incursões ou qualquer outro tipo de ação ofensiva.

B) Segurança de instalações da coalizão e do governo iraquiano de maior risco como embaixadas e ministérios. Geralmente e feita por cidadãos ocidentais, ex-membros de unidades de elite em seus paises. Não são considerados mercenários de acordo com os parágrafos (b) pelas razoes já citadas acima e em caso de cidadãos de partidos no conflito o parágrafo (d).

C) Proteção pessoal aproximada de civis VIP, sendo realizada por cidadãos americanos e em alguns casos ocidentais ex-membros de famosas corporações e unidades, exercem funções de proteção de tais ministros e VIPs em suas funções diárias que geralmente envolvem a locomoção e estadia em áreas de alto risco. São essas funções que geralmente são associadas com baixas civis no fogo cruzado ao retornar fogo em emboscadas a tais VIPs. Também não são considerados mercenários de acordo com os parágrafos (b) e (d) já que militarmente falando não são unidades de missão ofensiva e sim defensiva e são cidadãos de partidos envolvidos no conflito. Vale lembrar que apesar da ONU já ter contratado companhias militares privadas, a organização desaprova seu uso.

Exemplo 3: Consultores na África/ Executive Outcomes

A extinta empresa Executive Outcomes, operou por anos na África inclusive com aval da ONU sendo utilizados em golpes de estado e em auxilio a governos locais em operações ofensivas contra rebeldes e guerrilheiros.

Neste caso, eles sim podem ser considerados mercenários já que todos os parágrafos (a)-(f) aplicam-se nessa instancia.

Finalizando, ha polemica e aqueles que discordam com tais definições, mas ate que a lei e a convenção sejam mudadas essa e a definição utilizada pela maioria dos paises.

Fonte: http://www.forte.jor.br
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por nemezes »

Cara, um dia Neo a gente para..senta depois de um jogo e a gente conversa sobre isso. Tudo na vida é uma questão de ponto de vista..eu não sei o que é pior... ter políticos ruins..ou sua família morrendo em meio a bombardeios e todas as desgraças que vem pós guerra (não sei se vc sabe, tenho parentes na palestina)... em fim...sou pacifista...e o irônico é que jogo uma guerra para buscar uma certa paz.... não quero discutir isso.. me desculpe, sei o que Profit Army´s são BEMMM diferentes de Mercenários... conseguem ser piores e a única bandeira que levantam... é a do cifrão.
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Legionnaire_RJ »

nemezes escreveu:Cara, um dia Neo a gente para..senta depois de um jogo e a gente conversa sobre isso. Tudo na vida é uma questão de ponto de vista..eu não sei o que é pior... ter políticos ruins..ou sua família morrendo em meio a bombardeios e todas as desgraças que vem pós guerra (não sei se vc sabe, tenho parentes na palestina)... em fim...sou pacifista...e o irônico é que jogo uma guerra para buscar uma certa paz.... não quero discutir isso.. me desculpe, sei o que Profit Army´s são BEMMM diferentes de Mercenários... conseguem ser piores e a única bandeira que levantam... é a do cifrão.

Vc tem parentes na palestina? Agora eu entendi o porque da coleção de shemags hehe. Vamos conversar sim Grillo ponto de vista é f#$@ ...

Ah só mais uma coisa, eu não sou o Neo, acho que meu nível de testosterona é um pouco mais alto rsrsrs
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por neo-black hawks »

Grilo meu grande amigo,

mesmo na minha ausência vc não me esquece! Kkkkkk

Estamos juntos amigos!

UUURRRAAA

Legionnaire_RJ escreveu: Ah só mais uma coisa, eu não sou o Neo, acho que meu nível de testosterona é um pouco mais alto rsrsrs

Isso é uma piada? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Re: O que é realmente a BLACKWATER: por JEREMY SCAHILL

Mensagem por Kaworu »

A minha sincera opinião é que a água preta é a face militar do grande espectro de terceirização que ocorre no mundo. Terceirizaram as forças armadas, só isso. (sim, há uma discussão a priori muito mais contundente sobre a força destas empresas em guerras, mas o cerne é o mesmo: Terceirização)

See ya! []'s
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