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Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

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Coelho
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por Coelho »

Legal!

É isso aê!

fica a vontade... coelho_rj@hotmail.com
nemezes
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por nemezes »

Bem, na minha "opinião" e como o termo já diz...é exclusivamente minha, e não querendo influenciar ninguém... eu quero escrever sobre um tema (Antigo) e sempre complexo ...... mas, quero deixar bem claro desde do início....que o respeito as outras modalidades é o mais importante ...seja R.A, Cenário ou SpeedBall...no fundo no fundo, realmente, o conceito básico do esporte é acertar o adversário com uma bola contendo tinta, mas isto não quer dizer que tudo é igual.

Acredito que categorizar as "modalidades" seja importante e necessário, por uma simples razão... as pessoas preferem uma categoria mais do que as outras e isto deve ser SEMPRE respeitado, é um fato e não existe argumento para isto. Em todos os esportes existem modalidades diferentes do mesmo esporte, com variação de equipamento, adaptações de regras e sub-categorias... isto é natural.

Você pode pegar o próprio R.A como exemplo, é a categoria mais praticada no Canadá, é o berço da Milsig, Vforce (Draxxus) e de todos os times BEM patrocinados de Real Action (DEATHKORP, BUGSTOMPERS e outros). Nos USA, temos também a RAP4 que patrocina eventos de 100% magazine feed e também patrocina times...

Bem, o que quero dizer é que, SIM.... existem times, patrocinadores e existe mercado, senão, não teríamos esta variedade de equipamentos Milsim e fábricas voltadas EXCLUSIVAMENTE para o Milsim... podem não existir times patrocinados no Brasil...mas existem lá fora.. e isto é fato!

Estamos falando também de lucro...grandes fabricantes de speed também estão criando marcadores para Milsim...porque ? Geralmente um marcador TOP RAM custa igual ou até mais que um marcador Top de Speed... e não só marcadores, temos o equipamento também.

Agora... lógico que o Speedball é a categoria que mais vende, que mais se destaca,a que tem mais massa, porque a competição é o maior motivador e o lucro está por traz disso tudo...e todos estes motivadores empurram este mercado.... e o Speed já foi o 3o maior MERCADO de esportes radicais nos USA e bem, é considerado um Esporte de Competição... mas, entendam... montanhismo (exemplo) é um esporte, só que um esporte de aventura e não de competição, igual ao R.A.

Se pensarmos de forma regionalizada, no Canadá é o contrário, o Milsim é a categoria mais praticada e em função disso, campos se especializaram (lucro, oferta, procura e etc) e um grande exemplo disso, é o http://www.c-q-b.ca/, ou o saudoso Urban Warfare Center da Opsgear nos USA, que já foi palco de exelentes filmes de paintball milsim. Hoje é um centro de treinamento, a Opsgear ganhou vários contratos das forças armadas dos USA e mudou seu foco, mas começou com paintball... concordo plenamente que o R.A é um nicho de mercado, porém é fato que é mais forte em alguns lugares do que em outros ....e esta categoria é forte no Brasil.

Por incrível que pareça, o Brasil é um dos países mais equilibrados. Aqui, temos muitos jogadores de R.A e muitos jogadores de Speed. Na minha análise pessoal...não vou contar o cenário como categoria neste momento...por ser a categoria de entrada e vou me limitar a tratar ela aqui desta forma, eu vou falar disso mais tarde. Neste momento estou falando de jogadores regulares e que investem pesado em equipamentos, viagens e etc.

Eu sinceramente não gosto de discutir mercado, pq eu mataria minha esposa se ela compra-se uma bolsa da D&G pela "bagatela" de 15.000 reais, mas, de fato existe um mercado de bolsas com preços de carros populares e pior...tem gente que compra! Mercado é oferta, procura, demanda e fidelização.... e tem haver com A ou B... escolhas, preferências e capacidade financeira... mas, com relação ao que o coelho disse, é verdade, as Bolas é que movimenta 60% do mercado de Speedball/RecBall/Scenario e não os marcadores....mas um mercado existe pela demanda...e outros existem pela fidelização do cliente.

No mercado de Milsim, existe até munição especializada, como as PowderBalls e para as pessoas que frequentam o fórum, sabem que o custo de um Pote, até supera o preço de uma caixa de bolas top... o tocante neste ponto é que para o praticante de R.A um pote dura muito mais que uma caixa normal para um jogador de speed ou cenário...mas como eu disse, são mercados diferentes, são regras diferentes, são estratégias diferentes, táticas diferentes, pois são categorias diferentes .... se falarmos de MERCADO e SOMENTE MERCADO.... Speed é um mercado mediano (Fiél), RecBall e Scenario é o Maior Mercado (passa tempo).... e Milsim... é pequeno (mais extremamente Fiél e é ainda mais que o speed)... as empresas de SpeedBall entenderam isto, e por isto se adaptaram, boblong e empire entenderam isto e o marcador que mais vende na Empire são a BT TM 7 e 15..e não a Mini ou a AXE.

Em função de MERCADO foram criadas nestes últimos anos empresas 100% direcionadas a MILSIM, como já citei acima, Milsig e Rap4 são exemplos disso e até inventaram um tipo de marcador para esta categoria...as RAM (Real Action Marker)... as duas tem as mesmas estratégias de vendas e focam para dois tipos de consumidores...os inveterados jogadores de Milsim (RAM) e o Mercado de treinamento (No Lethal)... denovo...coisas diferentes. E tudo isto é mercado, para quem lembra, a opsgear começou com paintball...hoje em dia focou em treinamento..outra era specialops...que focou no Recball e NPPL like e quase foi a falência e voltou a focar mais no milsim.

O quero dizer é que o que atrai no Milsim é a criatividade e adaptação de qualquer história lúdica, em uma coisa divertida, sadia, organizada e com regras.... e o mais importante é o jogo e viver aquela história e para viver uma história você tem que fazer parte daquele contexto... e para isto, é necessário manter o ambiente de jogo e seus jogadores aderentes a equipamentos, as regras do jogo, ao escopo e etc. Por isto temos as Regras do organizador do jogo (que geralmente é o tema do jogo) e o Compêndio que é a regra geral no qual todos devem seguir.

O cenário é extremamente importante para que o esporte se renove... porém é a categoria mais infiel de todas... de fato é nossa categoria de entrada, e milhares de pessoas começam a praticar paintball no campinho da esquina. Com o tempo, o jogador escolhe seu caminho e tende para uma categoria ou para a outra... e isto também é natural....o jogador vai levar a categoria que ele escolheu mais a sério, e vai investir nela....se pegar e fazer as contas... um loudout de RA custa bem mais que um equipamento completo de Speed.... mais, tudo vai cair na questão da escolha....uns optam pela aventura e outros pela competição... e é por isso que existe o mercado de Milsim.... e sempre vai existir...se é pequeno médio ou grande...não importa, o que importa é a fidelidade do cliente. E falando de escolhas, foi desta forma que a NPPL surgiu... escolheram pegar o RECBALL e dar a ele uma "roupagem" mais competitiva.... como vocês podem ver, são escolhas, e na minha visão só se torna uma categoria se existirem regras claras... e novamente falando de Mercado... começaram a existir "Jerseys Crossover" ...juntando o MIlsim tradicional...e os equipamentos de speed... um exemplo é a Dye Tactical... existem MERCADOS e JOGADORES para todos os GOSTOS.

No Brasil... Quando várias pessoas tendem para uma competição, esta modalidade tem que ter uma base sólida...pq, se a base for simplesmente a competitividade e não houver a fidelidade dos jogadores no meio disso, mais cedo ou mais tarde a categoria tende a ser o que sempre foi... paintball de recreação e jogo casual... pessoal, este é o grande motivo porque o Milsim nunca vai morrer... o mais importante nesta categoria é viver uma aventura, não importa quem vence ou perde... no final todos ganham...o que importa é viver o jogo e toda adrenalina que ele te dá...é quase uma filosofia de vida, porque você tem grandes valores humanos em um esporte deste tipo (Hombridade, Honra, Respeito, e etc), e sempre chamamos a maioria dos jogos de eventos... e não treinos.

Quantos aqui , já gastaram dinheiro, já viajaram quilômetros e mais quilômetros para o meio do NADA, para jogar a noite, de dia, no sol ou na chuva, em uma floresta, ou em uma fábrica abandonada... vivendo uma história, as vezes com jogos de 12 horas de duração.. no intuito de trabalhar JUNTOS para cumprir objetivos em comum e ao lado de um grande grupo de pessoas ? É neste exemplo que quero tentar explicar o que é a fidelidade no R.A.

Bem, ai vem minha grande decepção nestes últimos anos... o Big Game... o D-Day é um Big Game, e não sei porque o Brasileiro não dá valor a este tipo de jogo... e vemos o Will, todos estes anos... neste esforço herculano de acabar com preconceitos. Falando de Mercado....sim, em big games chove bola...chama atenção de patrocinadores ... e é algo extremamente divertido. Porém, em função de um preconceito babaca (desculpe o termo chulo, não me veio outra palavra) as pessoas perdem uma excelente oportunidade de conhecer novas pessoas, se divertirem e celebrar o esporte com uma regra básica (Acertar alguém ou ser acertado), apenas pelo prazer de se jogar paintball.

Se pessoas que praticam o mesmo esporte se juntarem e se respeitarem(mesmo que pratiquem categorias diferentes), este grande volume de jogadores chama a atenção da mídia. No final das contas, este preconceito (babaca na minha opinião), sempre faz que todos percam...perdemos uma grande oportunidade de dizer para sociedade em uma grande voz...."-Vejam! Somos Muitos! Respeitem o nosso direito de Jogar!" . Acho que daqui alguns anos, as federações possam se unir e realizar o maior Big Game da história do Brasil. Nossos "Hermanos" Argentinos fazem isto todo ano em Cordoba, estamos ficando para traz.

Finalizando, sou a favor de categorização, mercados especializados, jogadores especialistas mas, sou contra ao preconceito (xiitas e sumitas), jogos sem regras (salvo big games e suas regras mínimas ) e a falta de respeito entre jogadores. Confesso que não tenho jogado, nem R.A e nem Speed em função de trabalho e Família...e sinto muito falta... Amo paintball (de forma geral e ampla)...e me orgulho em dizer... que se me chamarem para jogar na esquina...alugo um equipamento e jogo....se me chamarem para um R.A...monto o meu "loadout" e vou pra casa do cacete jogar no meio do mato, em uma ruína ou o que seja... e se me chamarem para uma partida de Speed...pego a minha "cuspideira" meto a chuteira e a jersey na mala e vou pra graminha...só que, respeito as regras de cada categoria, os seus jogadores e assim como o seu modo de jogar... pra mim, paintball é isso... e esta é minha definição deste esporte. E é assim que eu vejo as coisas, não peço que concordem, apenas peço que respeitem as pessoas e suas escolhas.

Abs!
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Coelho
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por Coelho »

Boua Filho...

aliás, qualquer dia você não vai ter mais moral ALGUMA pra falar de paintnada!!! Tremenda BICHA FURONA e descompromissada com o movimento... vacilão total... um puto! ahahahahahahe

Sua introdução de cascavel não me convence!!!! auhehuaehuaeuh Claro que temos intuito de influenciar as pessoas quando escrevemos aqui... mas não quer dizer que ao ler as minhas ou suas lindas e eloquentes palavras, os atentos 4/5 malucos que de dispõe a ler esses "evangelhos" vão passar a ser nossos "seguidores"... apenas me convencia que ao tornar publicas mais informações e pontos de vista, auxiliamos os outros a construir seus próprios... talvez sejamos até capazes de gerar uma semente que permita a alguns a iniciativa pela experiência prática não como empirismo mas como complemento e soma em um contexto de abertura a diferentes fontes de conhecimento e experiências.
Posso te listar "N" situações, pessoas, até mesmo grupos onde me sinto particularmente orgulhoso em ter "apresentado" pontos de vista diferentes e percebido com o tempo e paciência, uma abertura, uma distensão frente ao que antes eram "verdades pétreas" e com isso uma percepção mais tolerante e receptiva com resultados mais positivos e agregadores.
Aprendi a duras penas que não é na base do embuste, da "porrada" e convencimento imparcial que a gente consegue sequer apresentar conhecimentos... e não gosto do termo "ensinar" pois não sou professor nem mestre de ninguém. Cada um aproveita o que quer e da forma que deseja... sinto vontade apenas de colocar os fatos na mesa, tentando ser imparcial mesmo sabendo que em alguns momentos posso falhar... ou seja...

Você sabe que temos nossas divergências ideológicas mas semelhanças fundamentais. A mais importante delas é o movimento pela popularização do esporte invés da polarização. E estou falando que é uma divergência e semelhança ao mesmo tempo, pois se queremos a primeira, destoamos na forma da segunda.

Infelizmente, somado a alguns fatores que você citou temos o fator CULTURAL que pesa muito mais aqui que no Canadá. Não preciso te citar questões históricas pra lembrarmos que desde a forma de colonização, ocupação, exploração e mesmo independência até educação e preceitos religiosos do povo daquele país, o contexto dos armamentos tem uma significância completamente diferente do que ocorreu no Brasil.

Não dá pra gente tomar o Canada como exemplo (com ou sem Luiza... hahahaha) até mesmo pelo fator geográfico! Tanto a densidade e população quanto clima influenciam demais o tipo de esporte praticado lá... não obstante eles não tem expressão em uma porrada de esportes coletivos que não tenha gelo ou neve!
Mas ainda assim entendo o que quis dizer... só coopto suas palavras ao afirmar que um R.A. provavelmente jamais sairá do mercado de nicho... só complemento que isso não acontecerá porque não tem muito praticante... mas porque o formato não permite a competição clara pela falta da plena duplicidade de condições e repetição de terreno de jogo, não "empolga" um espectador porque não pode ser acompanhado de perto sem influenciar o resultado (e só aí já mata 90% das chances comerciais de atingir grande público), não privilegia surgimento de novas técnicas, vide usar técnicas que já inventadas ou testadas a exaustão em atividades militares (por isso não há o "craque" do Milsim... aquele cara que tem "talento notório" e pode decidir sozinho um jogo) ou seja... não se aproxima de um esporte competitivo!

E Wander, meu quirido desaparecidoou qualquer um que tenha lido essa forte afirmação... isso não é uma análise de "jogador de speed" nem de "jogador de cenário" mas de um publicitário amante de esportes como um todo, estudioso de marketing esportivo... Eu não tenho qualquer pretensão com ela em diminuir o seu gosto pelo Milsim ou dar ducha de água fria nas suas pretensões em relação à modalidade... mas apenas com o tempo, tentar trabalhar um novo ponto de vista que andei maturando recentemente e estou SURPRESO de nesse post, perceber que alguns proeminentes praticantes de R.A. Milsim tem uma visão parecida... Depois te explico com mais calma!

Perceba apenas que em todos os exemplos que você deu, acabou esbarrando no mercado, e mercado tá ali ali com exposição e exposição gera opinião publica. Quando falamos disso, todo o discurso de "respeitem a minha opinião e escolha de como jogar" é uma via de duas mãos.

Basta você RESPIRAR pra vir alguém dizer que se deve respirar assim ou assado!!!! ahahahahahahah Imagina então em um país com as nossas características políticas, cultura que vai da mulher pelada obrigatória no carnaval ao moralismo no big brother e cobrança de uma atitude social Européia mas perpetuando o jeitinho BRASILEIRO (e ainda achando isso o máximo) passando pelo desprezo às leis. COMO em meio a essa salada maluca tentar "esportificar" o Paintball?
Se o COMO já é uma pergunta quase intangível, vou tentar fraciona-la com a pergunta de vestibular:

POR ONDE COMEÇAR a "esportificar" o Paintball NO BRASIL?

( ) Opção A - Cenário
( ) Opção B - Milsim/R.A.
( ) Opção C - Speed
( ) Opção D - Todas as alternativas anteriores
( ) Opção E - Nenhuma das alternativas anteriores

É uma pergunta sacana mesmo, pq certamente não haverá o voto consciente, e sim o partidário. Tipo eleição de melhor time na internet??? hehehehe A gente sempre coloca na frente nossos interesses, mas assim é no mundo todo, característica humana mesmo! Não a toa que temos sempre mais a reclamar, estar insatisfeitos com tudo que elogiar e estarmos plenamente felizes com as coisas e pessoas ao nosso redor!

Mas agora pare de pensar como um jogador apaixonado por qualquer tipo de paintball e vote como um estrategista político com conhecimentos legais e antropológicos a respeito do detalhe grifado da pergunta "BRASIL";

Vote...

Vamos ver no que vai dar! :D

Abraço!

* A propósito, gente... abstraiam... nada disso aqui é pra provar que modalidade A é melhor que B, mas pra de forma conjunta, consciente e inteligente tratarmos o futuro da expansão de todas as modalidades... afinal estamos na asa da mesma lei, ok?
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Marcos RS
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por Marcos RS »

O problema do Brasil é ser vários países dentro de um só...

Culturalmente falando, um gaúcho, um carioca e um nortino são pessoas totalmente diferentes, com interesses diferentes e visões de vida diferentes. Lembro que na época do plebiscito para o estatuto do desarmamento, eu como 98% dos gaúchos, estava fazendo uma fervorosa campanha contra a aprovação desse estatuto quando ao conversar com um amigo carioca comecei entender o ponto de vista dos que apoiavam o "sim". Não mudei meu ponto de vista, mas aprendi a compreender quem era contra...

Os gaúchos tem uma relação com as armas diferentes da dos cariocas. No Rio arma é sinônimo de violência, de bandido, logo para o povo carioca quanto menos armas melhor, já no Rio Grande armas são para caçar e defender suas propriedades, portanto o direito de ter uma arma em casa é algo fundamental.

Quem está errado? Quem está certo? São ângulos diferentes de uma mesma questão.

No paintball ocorre um fenômeno parecido, como foi falado somos o pais onde as modalidades estão mais niveladas e misturadas. A minha equipe é 100% milsim, não jogamos campeonatos, mas temos patrocinadores e quem apoia nossa equipe sabe que sua marca não será vista ao lado de um troféu na SporTV. É tudo uma questão de ótica...

Diante dos lançamentos e novidades apresentadas na Extravaganza deste ano, é visível o crescimento do milsim dentro do paintball. O speed é a maior modalidade e sempre será, concordo com o Coelho no quesito cobertura de imprensa. Imagina um locutor da ESPN usando um ghillie no meio do mato narrando uma partida de R. A.? Impossivél.

Já li em fóruns gringos que é só uma questão de tempo até a patente da Tiberius sob a First Strike ser quebrada e quando isso acontecer vários fabricantes de bolinhas vão encher o mercados com este tipo de munição, se levarmos em consideração que praticamente todos marcadores de calibre 0,68 que são alimentados por magazine já possuem um mod para o uso destas "bolinhas" teremos um divisor de águas no paintball.

Para mim, em um médio espaço de tempo a única semelhança entre "paintball milsim" e "paintball speed" será a palavra paintball...


Como diria o poeta, quem viver verá!
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por nemezes »

Boua Filho...

aliás, qualquer dia você não vai ter mais moral ALGUMA pra falar de paintnada!!! Tremenda BICHA FURONA e descompromissada com o movimento... vacilão total... um puto! ahahahahahahe

Ahhhahahaha..de tudo que escreveu, esta é a única coisa que concordo! Sacanagem... Mas, falando sério agora, o nome deste sumiço são "metas" de vida e cada um passa por este momento na vida, e chegou o meu momento. Bem, quando vc escreveu isso? 2009? Faz bastante tempo cara, outro momento, e estamos vivendo momentos bem melhores que em 2009 no paintball. Já jogamos várias vezes juntos, cenário, speed e big games (lembra da bazuca? rsr) e realmente brother... muita coisa mudou de lá pra ka. O R.A (MILSIM) como vc mesmo falou, não pode ser narrado, e bem como um montanhista que sobe o Everest não pode ter uma narração do Galvão Bueno...não tem nexo. No montanhismo, e no R.A, o próprio praticante registra os seus momentos e feitos. Pela simples razão de que montanhismo, é um esporte aventura e não um esporte de competição. Também é um esporte que não valoriza apenas um indivíduo mas, de fato valoriza o grupo. Bem, mesmo sendo uma categoria que valoriza o grupo mais que um único indivíduo, podemos premiar destaques. Eu mesmo já entreguei um troféu para uma jogadora mineira de R.A, não porque ela tirou mais indivíduos do campo, mas pela vontade de agregar ao grupo e ser exemplo de vontade e garra para os outros. Existem outros valores nesta categoria o que torna ela bem diferente das demais, em um jogo de RA com 50 pessoas de cada lado, um jogo, pode ser "ganho" sem nenhuma baixa, e o mais importante é completar o objetivo em conjunto, que pode ser tão variado, que em 99% dos casos é diferente de um evento para o outro. E isto porque? São categorias diferentes e com "pegadas" diferentes e na essência não é baseado em competição e sim em aventura.

Bem, agora saímos de mercado para cultura, geografia, psicologia e etc. Nossa, realmente é uma questão complexa. Resumidamente, concordo com sua lógica de que o objetivo destes "salmos" é a popularização do paintball. Pensando assim, e seguindo esta lógica, o que penso é que todos deveriam fazer(federações, políticos, governo e empresas) é direcionar seus esforços para as categorias de entrada, que é o cenário e promover grandes encontros entre categorias (big games) afim de atrair novos jogadores e popularizar o jogo. Esforços adicionais seriam eventos de Milsim e competições de Speed. Quando digo em ajudar a categoria de entrada, é ajudar o dono de campo, dar a ele acessória, melhorar a segurança dos campos, e remover este estigma jornalístico de associar paintball com a violência urbana. Ai sim, ficaria convencido de que estamos realmente querendo popularizar o esporte.

Já parou para perceber, que no Brasil inteiro, sempre aparece uma reportagem ou outra de RA na mídia ? E graças a deus, sempre boas matérias, bem conduzidas, sérias, e de vez enquando, aparece uma reportagem associada a violência urbana, fruto da ignorância dos jornalistas, da própria mídia (quem lembra do "naosalvo") e até dos donos de campo. E o mais absurdo, é que o CBP existe a vários anos, e é o maior torneio de speed do brasil, e nunca vi se quer uma chamada nos jornais esportivos e etc. Bem, este seria um grande passo para a popularização do esporte ao meu ver e um dever de casa que tem que ser feito.

Concluindo, o R.A é uma categoria com tantas particularidades que não é um esporte de massa, assim como o montanhismo. Mas é fato que é um esporte, um esporte de aventura, possui muitos adeptos mas, não é um comércio de massa, e que permaneça assim para o seu bem.

Com relação ao speed, acredito que pelo seu teor competitivo, deveria ser mais divulgado, e criar ídolos e torcida, pois é esta é a natureza inerente aos esportes de competição.

E com relação ao cenário, nossa categoria de entrada, deveríamos dar mais atenção aos novos jogadores, ajudando os canais que trazem mais jogadores para o esporte a cada ano, para que mais e mais, tenhamos jogadores, que irão jogar em uma categoria, por anos e anos.

Bem é isso,


P.S Coelho: Me lembre de descarregar dois pods ou mais em você quando nos esbarramos no campo da FPERJ. Saudades...rsrs
P.S: E outra coisa, no MILSIM, não importa se chove, se faça sol, se tem lama, se é em uma floresta, se é areia ou neve... estamos lá jogando...
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por Coelho »

opa... tentando ser mais sucinto.

Marcos rem razão na questão interpretativa... Arma no sul é pra caçar, no sudeste pra guerrear e no nordeste pra coronelizar... mas se tivermos falando de uma 12, uma carabina ou um revólver/pistola...
Fuzil AK, SIG, HK, IWI e COLT são OUTRA história, né? Em certos países você jamais vai encontrar um desses na mão de um civil. No Brasil não é loucura dizer que o crime organizado possui mais armamento de grosso poder de fogo que as forças policiais de maioria dos estados da federação. Se é concentrado no Rio e em São Paulo pode até ser um fato hoje, mas não impede que logo chegue a outros centros urbanos.
Tava lendo que em cerca de 18 anos, a população das cidades vai aumentar de forma assustadora principalmente em países emergentes como o nosso... isso significa que várias cidades hoje pequenas se tornarão medianas, medianas vão se tornar grandes e a transformação do eixo Rio-São Paulo na Megalópole Brasileira, assim como São Paulo Campinas a macrometrópole.
Preparem se portanto parta ver a favelização e os problemas de saúde, transporte e abandono social das populações carentes se tornarem problemas de segurança pública e por consequencia, todo esse arsenal começar a ser pulverizado onde hoje só existem as armas de matar passarinho e 32 enferrujado na gaveta da sala... mas pq tamos falando disso mesmo? Paintball não usa arma... mas pro público leigo, o que parece arma não é bom... e o que é igualzinho a uma, pior ainda..

Por isso acho que a questão vai além dessa simples "escolha˜ que o Wander cita... antes da escolha, temos que ter a responsabilidade de entender os riscos da nossa decisão, e o que mais vejo é gente que brinca com a sorte ou age de forma inconsequência e irresponsabilidade se amparando na justificativa da escolha "ah... porque eu gosto!" O fato de você gostar não te permite que você tome uma cachaça e dirija em seguida, ou acenda um baseado na cara dura na frente de todo mundo na praia... então por um acaso é certo e justificável portar um marcador Milsim, mesmo que dentro de campos e em seguida sair pro meio da rua ostentando como se fosse um membro de milícia? (Não... não são todos que fazem isso, eu sei, mas muitos eu já VI... e por um acaso os Srs. já viram alguma punição grupal que tenha sido dada porque um grupo inteiro foi inconsequente, ou porque alguns indivíduos mal intencionados/mal educados fizeram a cagada e com eles levaram os que prezavam pelas atitudes corretas?) O grande risco está aí... Você aí em SC, Marcos corre o risco de amanhã ser "perseguido" como um praticante de atividade ilegal e portador de equipamento proibido meramente porque um palhaço em qualquer outro lugar aqui no Sudeste ou etc resolveu "brincar" de assustar alguém ou tirar uma onda de "sonho infantil do soldado não concretizado" com um vizinho e por uma desgraça ou infortunio qualquer, gerou uma situação envolvendo uma outra pessoa armada que resolveu atirar antes pra se precaver...

Queria muito estar falando uma bobagem, estar sendo apocalíptico a toa, mas conheço o dia a dia e as mazelas de cidades como Rio e São Paulo, onde as coisas mais absurdas acontecem por motivos pífios, onde traficantes se "divertem" atirando no corpo de meninas fofoqueiras e até estupro bandido já fez enganando vítima com marcador tipo "réplica" pra merda vazar pro nosso lado, pra vermos delegados ou agentes de polícia tentando ganhar notoriedade em cima de uma dessas e vendendo o paintball como um todo em atividade marginal, é um passinho, uma falta de sorte, uma pessoa errada na hora errada e um político esperto no lugar "certo"... Com isso muitos vão pagar pelo erro de poucos, e um lado esportivo, batizado para a mídia com o mesmo nome (afinal, querendo ou não, praticamos todos PAINTBALL) vai ser atacado e combatido com a mesma força que o lado militarizado... viraremos finalmente o mesmo esporte, mas de forma completamente desagradável...

Mas... é uma consciência que pode demorar ou até mesmo nunca chegar... vejo luz no fim do túnel, mas há muito trabalho pela frente... sei apenas que com o que li aqui, por mais que pareça uma coisa simples, comprova que os praticantes estão adquirindo mais consciência, mais conhecimento e procurando ver as coisas não apenas como gostam ou preferem... mas como são... e isso não é uma crítica a modalidade mas fica a pergunta... se a modalidade "explodir" desordenadamente, o numero de adeptos aumentar e as federações (onde exista uma) não tiver um controle, ao menos um amparo... como evitar que aconteça um problema, um acidente, um mal uso desses equipamentos e aparência do tipo de jogo?

Há respostas, há soluções mas elas tem que ser trabalhadas por todos, inclusive com ajuda mútua... pois se tem uma coisa que os organizadores de speed podem ajudar e dividir é a experiência acumulada com os torneios e ligas.
Já o Milsim e R.A. com uma visão de controle de massa e colaboração das Federações, podem definir calendários de jogos oficiais para evitar paralelismos e "grupos amadores" representando sua prática. Fora as atividades de aproximação como os BIG GAMES que o Wander tanto cita e eu concordo... big games são demais!! :)
Dennison Guimaraes
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por Dennison Guimaraes »

Olá.
Tópicos como este tornam-se uma verdadeira aula, com todas as informações técnicas e opiniões fundamentadas é um prazer ler todos os posts.

Na minha opinião de iniciante, apesar de três anos no esporte, devemos ressaltar, ainda, que as regiões também diferenciam a preferência pela vertente, sim, vertente, pois considero este é o termo melhor aplicado as "categorias" de paintball. Quando usamos "categorias" me soa como uma opção definitiva e invariável, acredito que as características são os diferenciais das vertentes mas em muitos casos são tão aproximadas que são rotuladas de maneira errada. Em meu estado, os campos comerciais onde o espaço é limitado e tem alguns obstáculos onde ficamos abaixados e as vezes em pé é chamado de "speed", creio, me corrijam se eu estiver errado, que onde se tem sucata de veículo, tonéis de metal e pálets, não é um campo de "speed", isso já o tornaria "cenário".
A "vêia" aqui é a caracterização militar, onde poucos gostam de "speed" e menos ainda usam equipamento de "speed".

Acredito que, independente da vertente praticada, o paintball deva ser o foco principal, que toda energia gasta por seus praticantes seja em prol do esporte inicialmente na forma mais básica, ou seja, honestidade, companheirismo e todos os sentimentos de grupo que um esporte de ação em coletivo deva mostrar para sociedade, só assim, a sociedade leiga no assunto se tornará nossa parceira em toda e qualquer luta que iniciarmos pelo esporte.

No meu conceito, "speed" e "RA" tem sim características diferentes onde "encantam" à pessoas diferentes, e, apenas o "cenário", tem o perfil e a possibilidade de ser a porta de entrada para novos praticantes, pela forma mais abrangente de lidar com as preferências de cada indivíduo, por meio de BIG GAMES por exemplo, respeitando-se, claro, as regras de segurança e conduta do DESPORTO PAINTBALL.

Não tenho a menor noção do que é jogar "speed" em sua essência, nem mesmo "RA", sei que outros estados já evoluíram nesses quesitos, somos ainda um peixe pequeno nesse mar, aprendendo e repassando tudo o que é possível para nossos parceiros aqui no estado, minha maior convicção é o trabalho em prol do esporte.

Já participamos de BIG GAMES em Juazeiro do Norte/CE e em Pernambuco, sempre representando o estado, com nossas equipes unidas como um único grupo de combatentes, levantando nossa bandeira e nosso espírito de grupo, ao meu ver ISSO É PAINTBALL, é claro que tudo gira em torno de patrocínio e apoio, ISSO É NECESSÁRIO, sou um apaixonado pelo esporte, independente da vertente. Acredito que se mais praticantes pensassem assim diminuiria drasticamente tantas divergências.

Seja invisível em meio a uma mata ou com precisão de matar uma mosca a 60m, somos jogadores do mesmo esporte.

Parabenizo a todos pelo tempo desprendido aqui no fórum. :goodjob:

Dennison Guimarães.
- Presidente do PAINTBALL ALAGOAS.
- Futuro presidente da FPEAL - Federação de Paintaball do Estado de Alagoas.
http://www.paintballalagoas.com/forum/
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Marcos RS
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por Marcos RS »

Ótimo debate mesmo.

Na minha visão o paintball tem três vertentes: Speed, Cenário, R.A. (Milsim) e uma opinião pessoal minha é que campeonatos e torneios deveriam ficar restritos ao speed, pois quem o joga é um atleta, treina como atleta e comporta-se como atleta, diferente dos jogadores milsim que treinam e comportam-se como "soldados".

Particularmente, eu acho que torneios e campeonatos matam os preceitos milsim que são operacionalidade tática e como o nome já diz simulação militar.

Como presidente da Federação Catarinense estou defendendo a idéia de fazermos o speed crescer em nosso Estado e focar os campeonatos oficiais nesta modalidade.

Não podemos esquecer que dentre os extremos speed e R. A. tem o cenário, que para mim deve ser a mais democrática das vertentes, um ponto de encontro, onde todos são bem vindos e o maior objetivo é a diversão.
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Coelho
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por Coelho »

jeff-df
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Re: Entrevista com Coelho do "Pinta Pua"

Mensagem por jeff-df »

Nossa, como não tinha visto esse tópico antes? rsrsrs

Discussão de alto nível mesmo, apesar de ter ocorrido já a algum tempo.

Recomendo a leitura a todos.
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