Carlos, eu tenho certeza que esse é o verdadeiro motivo para o "bloqueio do esporte". "Qualquer um" pode ser bem preparado através do paintball. A facilidade de ir a um campo e jogar é muito grande e é por isso mesmo que eu concordo com certas medidas que parecem muito burocráticas. Vale lembrar que para o serviço militar obrigatório o conscrito passa por uma varredura na sua vida, claro que muitos marginais conseguem entrar, mas existe um filtro para isso. Existe um departamento de cada quartel do EB que trabalha em conjunto com a Polícia Civil para rastrear e investigar a vida dos candidatos. Então existe uma diferença que precisa ser ponderada. De qualquer forma ratificando sua mensagem, creio que o EB tem esse medo mas não o divulga por razões óbvias. Uma força nacional com medo de que civis estejam mais preparados que seus componentes. Isso seria um atestado de incompetência assinado. No entanto eu acredito que com legislação clara e mesmo que não agrade a todos as coisas vão ficar mais fáceis para aqueles que tem boas intenções em praticar o esporte. Infelizmente, pela nossa realidade, esse é um preço que temos que pagar.Carlos Tosco escreveu:Regulamentar uma situação com equilíbrio é uma arte em que nós, brasileiros, nunca fomos muito bons. Se o regulamento for muito apertado, em termos de valor e burocracia, então o resultado prático não será muito melhor do que a atual ilegalidade: boa parte, ou a maior parte dos jogadores continuarão na clandestinidade.
A questão a ser esclarecida, na minha opinião, é: o Exército quer esta liberação? Acho que não, e por razão diferente da "oficialmente" alegada (a saber, que os marcadores são ou podem ser confundidos com armas reais). Acredito que a preocupação de fato é o preparo e a capacitação que a prática do esporte oferece aos jogadores. Depois de alguns meses jogando RA, por ex., o cidadão adquiriu um condicionamento tático muitas vezes superior ao de um policial convencional. E digo isso como ex-policial.
Acredito que o medo dos militares é de que os vagos parem de disparar rajadas da cintura, a moda rambo, e comecem a dar trabalho nos morros e favelas. Mas nesse caso, pergunto para que serve o serviço militar obrigatório?
Cumps.