Opa...
Vi esse posta apenas agora e a entrevista foi... COMIGO! anos atrás.
Antes de mais nada, fico feliz em ver pensamentos mais abertos que antigamente... Era quase um tabu vir aqui falar de qualquer distensão que aproximasse cenário de speed e a palavra em moda, o "speednário" soava como heresia...
Vou tratar os assuntos por parte então:
Vejo que alguns ainda mantém certo pé atrás, mas fruto de sempre focar por um angulo.
Marcos RS escreveu:Amigos, isto aqui é um lugar de debate, então me permitam discordar de vocês.
Outro fato totalmente diferente é o cidadão jogar apenas cenário, usar roupa camuflada com uma faixa do Rambo na cabeça e comprar um marcador de speed para tentar levar vantagem sobre os demais. Isso não é certo.
...não consigo concordar com o fato de jogadores de cenário, com indumentária de cenário jogarem com esse marcadores. Escolhe teu caminho e segue-o.
Minha opinião.
Isso levanta uma antiga teoria que um marcador de Speed dentro de um contexto cenário é usado para tomar vantagem. Já tem tempo que todo mundo sabe quem as TMs são Inverts Mini acrescidas de "carenagem" para parecer milsim. Tem a mesma constância e qualidade de tiro de uma eletropneumática de controle eletrônico porque SÃO isso. A questão de se permitir ou não que um jogador de Cenário e R.A. use um marcador descaracterizado tem na verdade muito (muito mesmo) a desaprovação de quem quer manter a plástica e estética Milsim imaculada no jogo. Alguns temem que jogadores portando esses marcadores possam descaracterizar a simulação e tirar grande parcela da graça dela, então há ao meu ver uma decisão a ser tomada mais importante. O que é vital para o R.A./Cenário? O contexto, a fantasia, a caracterização do evento ou o objeto PAINTBALL, o jogo de marcação por bolas de tinta?
Gosto de tomar os EUA por exemplo não por ser americanista ou pouco ufanista, mas porque eles são os "inventores" e desenvolvedores do esporte, maior mercado, tem o maior número de jogadores/praticantes e já passaram por esses questionamentos muito antes da gente.
Em algum momento tiveram que tomar essa decisão. Seguir um lado que restringisse ou seguir o lado inclusivo que agregasse. Adivinhem o que escolheram? Basta assistir os videos dos eventos tipo big game e "simulação histórica" como o tradicional D-DAY entre outros bancados pelas maiores empresas do setor.
Simples... os caras não dão ponto sem nó. Mercado atrai mercado. 10.000 jogadores chamam atenção, mas 100.000 fazem os olhinhos das empresas brilhar. Com muitos participantes juntos, eventos que celebram e acolhem ao invés de eventos "aqui só pode isso!" há mais opções e possibilidades de uma empresa ou fabricante encontrarem clientes. Elas se interessam e patrocinam pensando no retorno!
Então, raciocínio lógico... pra quais empresas do segmento vale a pena por exemplo patrocinar e associar sua marca a um evento de R.A. onde só pode equipamento milsim?
Vou tentar e me perdoem por eventuais falhas.
- Mascaras
- Acessórios de proteção (controvérsia 1. pode usar chest protection, slide short e cotoveleira almofadada por baixo ou é contra a "honra"?)
- Botinas e calçados reforçados (que na verdade não são especiais para paint)
- Fabricantes de marcadores e acessórios milsim ou hidratação/sobrevivência (campismo).
- Empresas de telecom (radio comunicadores e etc)
Repararam uma ausência importante?
Vocês sabem qual o segmento de paintball que movimenta o maior montante e patrocina as cotas mais importantes de qualquer grande evento PSP, NPPL, MILLENNIUM e PALS (principais ligas do mundo)?
BOLINHAS (seguido dos fabricantes de marcadores profissionais)
Sem bolinha de qualidade não tem paintball... afinal elas dão NOME AO ESPORTE!
E agora analise friamente... Qual empresa de bolinhas vai ter interesse que não seja de retorno não previsto (fundo perdido) e apenas presença de market-share (pequeno se comparado às ligas oficiais e baixa exposição de mídia) em patrocinar como master um evento onde o uso de bolinhas é
controlado e uma razão de menos de 1/10 das caixas de bola sejam suficientes para alimentar e sobrar, se comparado aos CAMINHÕES de Bolas enviados (e efetivamente comercializados) em uma PSP World Cup??? (eu vi... juro... de pé junto! imagina uma daquelas caçambas com o equivalente a 3 conteiners de caixas, cada um de uma qualidade diferente EVAPORAREM em uma manhã!)
Junto com os Stands das fabricantes de marcadores (que também são gigantes e movimentam muita grana) essas são as facetas REALISTAS do Paintball galera... A Tippmann é uma empresa que não sobrevive de Milsim... diferentemente do que muitos pensam, pelo contrário, é uma empresa estacionada a anos, que pouco investe em tecnologia de ponta porque virou sinônimo de marcador mecânico e sobrevive quase que exclusivamente disso junto com a BT.
Essa ao menos buscou parcerias e está colhendo alguns frutos, mas a Tippmann vive de marcadores básicos: Tip.98 para campos. (ponto) Até se aventura em algumas bizarrices como aquela furadeira Triumph e sua prima reformulada FT-12 a "me engana que eu gosto de parecer eletrônica" Gryphon, e mais recentemente a crise de personalidade chamada
Crossover, onde finalmente ela aceita fazer marcador sem ter que reinventar a roda...
A Tippmann vai ao maior evento de paintball do mundo com um stand
menor que uma barraca de cachorro quente!!!!! SEM SACANAGEM, CHEGA SER TRISTE ver uma marca com tanto potencial e história ser totalmente "ownada" em matéria de cenário pela G.I. Paintball que nada mais é a detentora de alguns projetos da antiga Smart Parts.
Ou seja... Cenário/R.A. pelo seu formato e regras são incompatíveis com ligas profissionais. Se eu estiver mentindo, me falem 1 (um) nome de jogador notório mundialmente em cenário/R.A. ou do time "campeão do mundo", europeu, americano de Real Action onde mais de uns 3 aqui tenham ouvido falar (não vale google heim! :D ).
Como portanto trazer empresas para esse mundo senão em eventos de massa? E o que é um evento de massa que restringe por detalhe estético ou secundário? Não é mais massa, ou gosta do risco de não ser aprovado por um fabricante com potencial! É como se a organização do D-DAY US, chegasse pra Planet Eclipse (patrocinadora master) e falasse: "Olha, a partir de agora a gente quer dar uma conotação mais realista, então vamos restrinigir todos os seus marcadores porque eles não parecem com armamento real... quem sabe só aquele que vem camufladinho... ok?"
devo comentar uma atitude dessas?
Cara... a SPPL US NÃO RESTRINGE MARCADOR EXATAMENTE POR ISSO E PQ OS ANOS DE EXPERIÊNCIA E BOM SENSO MOSTRAM POR CONTA PRÓPRIA QUE MARCADOR É MARCADOR! Muito pelo contrário, a única restrição que tem finalidade fundamental seria a razão de bolas por segundo, por questões de segurança... e adivinha... o único marcador que possui esse controle com precisão é o... ELETRÔNICO!!!! (as regras internacionais de speedball restringem os modos de tiro para 12,5bps nos Eua e 10bps na Europa. Jogadores fora dessa regra são punidos e o time recebe perda de pontos) ou seja... é o CONTRÁRIO que a maioria pensa... Marcador eletrônico em torneio atira MENOS que marcador mecânico "turbinado" e ainda por cima garante com precisão isso!
"Você aprende..." como diria Shakespeare. Você aprende a conviver com essa diferença e em pouco tempo fica feliz em ter ao lado um amigo que joga bem, entra no espírito da brincadeira milsim e não necessariamente usa todo o equipamento dele milsim... basta tentar! Todo caminho é caminho e não existe melhor ou pior quando não existe objetivo claro.
Qual seu objetivo claro ao restringir marcadores não-milsim? No que implica essa regra e qual seu contexto em um jogo onde o objetivo é eliminar adversários... será que adquirir mais participantes não seria interessante ao invés de evitar alguns deles? Será que isso não é um ponto de vista por questão de conceito interpretativo prévio? Em matéria de competitividade, retirando-se tal restrição a chance não seria igualmente dada a ambas as partes?
Vamos debater... tenho hoje respostas técnicas para todas essas perguntas!
Abraço!
* Depois respondo os outros amigos.. esse texto me tomou um tempão e tenho compromisso agora! t+